sábado, 14 de agosto de 2010

voltei

Nossa, escrevi no ultimo post - ate amanha e só voltei hoje mas tenho uma poesia linda para voces


O tempo e as jabuticabas
Contei meus anos e
descobri que terei menos tempo para viver
daqui para frente do que já vivi até agora.

Tenho mais passado do que futuro...
Sinto-me como aquele menino
que ganhou uma bacia de jabuticabas...

As primeiras, ele chupou displicente...
mas percebendo que faltam poucas,
rói o caroço...

Já não tenho tempo
para lidar com mediocridades...

Não quero estar em reuniões
onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos
tentando destruir quem eles admiram,
cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo
para conversas intermináveis...

Já não tenho tempo para administrar
melindres de pessoas que,
apesar da idade cronológica,
são imaturas...

Detesto fazer acareação de desafetos
que brigaram pelo majestoso
cargo de secretário geral do coral...

As pessoas não debatem conteúdos...
apenas os rótulos...

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos...
quero a essência...
minha alma tem pressa...

Sem muitas jabuticabas na bacia,
quero viver ao lado de gente humana, muito humana;
que sabe rir de seus tropeços...
não se encanta com triunfos...
não se considera eleita antes da hora...
não foge de sua mortalidade..

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade...

O essencial faz a vida valer a pena...
e para mim
basta o essencial...

Rubem Alves

segunda-feira, 29 de março de 2010

a luz na escuridão

Bom dia!

Estou muito contente porque recebi muitos emails sobre o texto anterior mas ficaria muito mais se as pessoas usassem esse espaço para desabafar suas dores. Sabia, que existem pessoas que tem alegrias, uma promoção, um fato novo na sua vida e não tem ninguém a quem elas possam contar? Parece impossível mas existe, as vezes as pessoas também tem receio de contar para outras, tem medo do que as pessoas vão pensar, tem medo de criticas, medo de se expor mas aqui não precisam ter isso porque só vai aparecer no blog, se vocês autorizarem.
Eu gostaria de ouvir vocês, eu gostaria de dar um abraço, gostaria de ser sua amiga. Disponha de mim.

Bem, o texto de hoje me comoveu porque apesar de eu achar que todos os nossos sentidos são importantes, na minha opinião o da visão, é o mais importante.Boa leitura
Até amanhã




Luz na escuridão
Um dia, um menino de 3 anos estava na oficina do pai, vendo-o fazer arreios e selas. Quando crescesse, queria ser igual ao pai.
Tentando imitá-lo, tomou um instrumento pontudo e começou a bater numa tira de couro. O instrumento escapou da pequena mão, atingindo-lhe o olho esquerdo.
Logo mais, uma infecção atingiu o olho direito e o menino ficou totalmente cego.
Com o passar do tempo, embora se esforçasse para se lembrar, as imagens foram gradualmente desaparecendo e ele não se lembrava mais das cores. Aprendeu a ajudar o pai na oficina, trazendo ferramentas e peças de couro.
Ia para a escola e todos se admiravam da sua memória. De verdade, ele não estava feliz com seus estudos. Queria ler livros. Escrever cartas, como os seus colegas. Um dia, ouviu falar de uma escola para cegos. Aos dez anos, Louis chegou a Paris, levado pelo pai e se matriculou no instituto nacional para crianças cegas
Ali havia livros com letras grandes em relevo. Os estudantes sentiam, pelo tato, as formas das letras e aprendiam as palavras e frases. Logo o jovem Louis descobriu que era um método limitado. As letras eram muito grandes. Uma história curta enchia muitas páginas. O processo de leitura era muito demorado. A impressão de tais volumes era muito cara. Em pouco tempo o menino tinha lido tudo que havia na biblioteca. Queria mais. Como adorava música, tornou-se estudante de piano e violoncelo. O amor à música aguçou seu desejo pela leitura. Queria ler também notas musicais.
Passava noites acordado, pensando em como resolver o problema. Ouviu falar de um capitão do exército que tinha desenvolvido um método para ler mensagens no escuro. A escrita noturna consistia em conjuntos de pontos e traços em relevo no papel. Os soldados podiam, correndo os dedos sobre os códigos, ler sem precisar de luz.
Ora, se os soldados podiam, os cegos também podiam, pensou o garoto. Procurou o capitão Barbier que lhe mostrou como funcionava o método. Fez uma série de furinhos numa folha de papel, com um furador muito semelhante ao que cegara o pequeno.
Noite após noite e dia após dia, Louis trabalhou no sistema de Barbier, fazendo adaptações e aperfeiçoando-o. Suportou muita resistência. Os donos do instituto tinham gasto uma fortuna na impressão dos livros com as letras em relevo. Não queriam que tudo fosse por água abaixo.
Com persistência, Louis Braille foi mostrando seu método. Os meninos do instituto se interessavam. À noite, às escondidas, iam ao seu quarto, para aprender. Finalmente, aos 20 anos de idade, Louis chegou a um alfabeto legível com combinações variadas de um a seis pontos.
O método Braille estava pronto.
O sistema permitia também ler e escrever música. A idéia acabou por encontrar aceitação. Semanas antes de morrer, no leito do hospital, Louis disse a um amigo: "Tenho certeza de que minha missão na Terra terminou."
Dois dias depois de completar 43 anos, Louis Braille faleceu. Nos anos seguintes à sua morte, o método se espalhou por vários países. Finalmente, foi aceito como o método oficial de leitura e escrita para aqueles que não enxergam.
Assim, os livros puderam fazer parte da vida dos cegos. Tudo graças a um menino imerso em trevas, que dedicou sua vida a fazer luz para enriquecer a sua e a vida de todos os que se encontram privados da visão física.
Há quem use suas limitações como desculpa para não agir nem produzir. No entanto, como tudo deve nos trazer aprendizado, a sabedoria está, justamente, em superar as piores condições e realizar o melhor para si e para os outros.

quarta-feira, 24 de março de 2010

os melhores momentos do dia

Sem duvida, os melhores momentos do meu dia são quando vou buscar "o meu amor" na escola.
Fico ansiosa esperando abrir a porta da esperança e quando a funcionaria abre eu me contenho para não sair correndo.
Outro dia, encontrei um pai, encostado no vidro, fazendo careta, pulando ,mandando beijos
Fui conversar com ele, pois sinceramente, ele tinha muito em comum comigo. _Não tem vergonha de expressar suas emoções em publico, tem muito amor por aquela criança, é emotivo,etc Ele me contou que as vezes chega 1 hora antes porque o transito em São Paulo é problematico e ele não pode perder aquele momento quando as crianças vem da atividade externa para a classe. Interessante, que o filho dele se comportou bem, não vindo ao encontro dele, feliz mas obedecendo as regras da professora entrou na salinha e esperou para abraçar o pai minutos mais tarde.Detalhe, ele me disse que é divorciado e só pode buscar o filho uma vez por semana.
Mas voltando ao meu assunto. Vou caminhando, ate chegar a sala do macaco, ele me vê pelo vidro e diz meu nome, já ajeita a mochila e vem correndo para mim.
Juro, meu coração fica quentinho e se emoção tivesse cor eu diria que meu corpo fica todo cor de rosa.Eu sempre me abaixo para ficar do tamanhinho dele e o abraço.
Vamos para o carro, as vezes cantando, as vezes pulando, as vezes cumprimentando os seus amigos do prédio.
No carro, sempre tenho alguma surpresa. Tenho livrinhos, fantoches, etc.
Bem, rapidamente chegamos e ele cumprimenta o Sr. Ernesto, na porta do prédio. Esse senhor, antes tão sisudo abre um sorriso e troca umas palavras. Alias, ontem ele ate cantou uma musiquinha para nós.
Entro na garagem e ai temos um ritual. Eu peço para ele me olhar nos olhos e digo que o amo e ele me responde sempre olhando uma medalhinha que tenho no pescoço - é um passarinho?
O elevador sobe e eu estou pronta, energizado para um novo dia cheia de gratidão por esse ser existir.



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terça-feira, 23 de março de 2010

exercicío da gratidão

Curso de contador de estorias


Infelizmente nao pude ir ontem. Fiquei tao triste! Mas outros dias virão, graças a Deus.



Para voces, um presente, um exercício de gratidão, para o nosso coração



Você sabia que já é cientificamente comprovado que a pratica
freqüente da gratidão pode mudar dramaticamente as químicas do
seu corpo, abrindo caminho para um corpo são e uma mente sã.

O Instituto do Coração Americano tem 15 anos de pesquisa
cientifica provando que uma simples ferramenta como a arte da
gratidão pode reduzir fortemente o estresse e melhorar o
desempenho dos indivíduos e organizações.

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Com este exercício você vai sentir uma leveza e um grande senso
de perspectiva sobre qualquer problema que estiver lhe afetando.
A ativação das emoções do coração vai eliminar e sensação ruim
que os pensamentos ansiosos criam.

É um exercício muito simples, mas ao mesmo tempo poderoso.
Faça-o em algum lugar onde você possa ficar sozinho.

Está pronto?

-Comece fechando os olhos e movendo sua atenção para a área
do coração.

-Imagine uma sensação calorosa que emana do centro do seu peito.

Se estiver sozinho, coloque sua mão direita no peito. Se estiver
em lugares públicos, ao redor de pessoas, dirigindo, etc..
Simplesmente imagine sua mão direita descansando em cima do seu
coração.

Imagine esta região se aquecendo por um ou dois minutos.

-Agora, Comece a focar em algo em sua vida que você sente um
apreço sincero e especial.

Pode ser qualquer coisa, família, saúde, amigos, trabalho, o lar,
um lindo dia, etc..

É importante focar em coisas que dêem um senso real de gratidão e
apreciação. Se você realmente aprecia o que estiver pensando, irá
sentir uma resposta imediata da região peitoral, como uma
sensação calorosa ou um sorriso involuntário.


Não se preocupe se estiver pensando no cônjuge ou família e não
sentir nada. Às vezes o sentimento surgirá se pensar em pessoas
que estão sempre por perto ou em constante contato com você.
Outras vezes poderá ser a gratidão por coisas simples como o ar
fresco que você respira. Depende do temperamento que
estiver no dia.


O sentimento que estamos tentando conseguir é a mudança positiva
no seu estado emocional.
É melhor fazer este exercício sozinho porque você vai precisar
ficar com este sentimento no maior tempo possível.

Quando achar que chegou o mais longe possível, abra os olhos.

Não existe tempo determinado para este exercício. Pode levar
alguns minutos ou até meia hora. Isso vai estabelecer uma
conexão entre corpo e mente, fazendo com que sua atenção
saia dos pensamentos ansiosos.

Após algumas tentativas você poderá incorporar este exercício
em sua rotina diária.

Faça isso no carro.
Faça isso sentado no seu escritório.
Faça isso antes de ir dormir.

Você tem que praticar com freqüência. Assim como um músculo, seu
coração ficará mais acostumado com este estado e você será capaz
de emanar os sentimentos em questão de segundos.

Com o tempo você poderá usar este exercício no meio de uma
situação estressante. Você ficará surpreso com os resultados
positivos em termos de níveis de estresse e mudança
no relacionamento com outras pessoas.

Este simples exercício pode transformar completamente a forma
como você interage com outras pessoas, seja no trabalho ou
relacionamentos afetivos, especialmente quando há conflitos ou
desentendimentos com outra pessoa. Experimente! Veja o que
acontece!

Seja criativo e faça desse exercício um ritual diário. Com
certeza vale a pena. A maioria das pessoas não tem a paciência
ou tempo para fazer grandes mudanças no seu estilo de vida.
Porém, esta técnica é facilmente aplicada e pode trazer melhoras
incríveis na sua qualidade de vida.

quarta-feira, 17 de março de 2010

mudança

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos."
(Fernando Pessoa)

terça-feira, 16 de março de 2010

mais uma de contador de estorias

Huuum mais um dia feliz!
Nunca me senti tão acolhida como neste curso de contador de estorias.Tão gostoso ir la.
Ontem nós éramos em menos pessoas, mais foi tão bom quanto.
Aprendo tanto, ouvi estorias da nossa cultura, estorias de cobras,estorias da nossa estoria como da origem de Ouro Preto e como meus companheiros estão desabrochando como contadores. Fico maravilhada. Tomara que eu também consiga ser uma boa contadora de estoria.
Ontem sai de lá pensando como eu contaria a estoria da minha vida e por muito tempo fiquei pensando. Acho que ela começaria, sem duvida, assim, era uma vez uma menina chamada Luiza e ai veio como fui uma criança sozinha mas também como fui uma criança teimosa. Acreditem que quando surgiu a margarina eu disse para minha mãe que nunca ia comer (ai, ai, estou revelando minha idade) e por anos comi pão sem nada, só para não dar o braço a torcer?
Então,era uma pestinha. Algumas coisas eu conservo dessa menina. Conversar,eu ia a pé para a escola e puxa assunto com todas as pessoas. Lembro-me que uma senhora me disse que eu não deveria conversar com estranhos. É verdade, mas eu continuo conversando com estranhos, isso é bom e isso é mau porque as vezes invado o silencio das pessoas.
Bem, chega de conversa, deixo para vocês uma metáfora que talvez muita gente conheça mas ela continua sendo muito sábia.
Beijo



O Avô e os Lobos
Um velho avô disse a seu neto, que veio a ele com raiva de um amigo que lhe havia feito uma injustiça :
-- Deixe-me contar-lhe uma historia. Eu mesmo, algumas vezes, senti grande ódio daqueles que 'aprontaram' tanto, sem qualquer arrependimento daquilo que fizeram. Todavia, o ódio corrói você, mas não fere seu inimigo. É o mesmo que tomar veneno, desejando que seu inimigo morra. Lutei muitas vezes contra estes sentimentos.
E ele continuou:
-- É como se existissem dois lobos dentro de mim. Um deles é bom e não magoa. Ele vive em harmonia com todos ao redor dele e não se ofende quando não se teve intenção de ofender. Ele só lutará quando for certo fazer isto, e da maneira correta. Mas, o outro lobo, ah!, este é cheio de raiva. Mesmo as pequeninas coisas o lançam num ataque de ira ! Ele briga com todos, o tempo todo, sem qualquer motivo. Ele não pode pensar porque sua raiva e seu ódio são muito grandes. É uma raiva inútil, pois sua raiva não irá mudar coisa alguma ! Algumas vezes é difícil conviver com estes dois lobos dentro de mim, pois ambos tentam dominar meu espírito.
O garoto olhou intensamente nos olhos de seu avô e perguntou :
-- E qual deles vence, vovô ?
O avô sorriu e respondeu baixinho :
-- Aquele que eu alimento mais frequentemente. É difícil pensar em amar alguém que você não gosta, amar quem o prejudica ou alguém que o ofendeu. Mas por mais que tentemos, ou que queiramos, a verdade é que o ódio corrói nosso espírito, e somos os maiores prejudicados. Pense em como você pode amar a nosso semelhante, não importando o que ele fez, ou qualquer que tenha sido a atitude dele. Afinal, só o amor constrói.
Colaboração: Renato Antunes Oliveira

quarta-feira, 10 de março de 2010

A cicatriz

Bom dia!
Fico pensando no que é viver. Vem uma pessoa lhe dá um sorriso, no seu corpo fica uma marquinha de felicidade, o outro lhe dá um tropeção, la vai outra marquinha.Alguem lhe passa a perna, fica outra marca. Se a gente pudesse só nos deixar atingir pelos abraços amorosos, pelas palavras doces e encorajadoras mas não é assim. Nosso peito fica apertado, nossa garganta fica apertada tambem, engasgada pelas palavras que nao falamos e o nosso rosto vai marcando .
Essa é a vida. Desejo a voces que suas marcas , na maioria, sejam de amor, como nessa estoria abaixo, beijo



A Cicatriz
Rony Lima
Um menino tinha uma cicatriz no rosto, as pessoas de seu colégio não falavam com ele e nem sentavam ao seu lado, na realidade quando os colegas de seu colégio o viam franziam a testa devido à cicatriz ser muito feia.
Então a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que aquele menino da cicatriz não freqüentasse mais o colégio, o professor levou o caso à diretoria do colégio.
A diretoria ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Que não poderia tirar o menino do colégio, e que conversaria com o menino e ele seria o ultimo a entrar em sala de aula, e o primeiro a sair, desta forma nenhum aluno via o rosto do menino, a não ser que olhassem para trás.
O professor achou magnífica a idéia da diretoria, sabia que os alunos não olhariam mais para trás.
Levado ao conhecimento do menino da decisão ele prontamente aceitou a imposição do colégio, com uma condição:
Que ele compareceria na frente dos alunos em sala de aula, para dizer o por quê daquela CICATRIZ.
A turma concordou, e no dia o menino entrou em sala dirigiu-se a frente da sala de aula e começou a relatar:
.Sabe turma eu entendo vocês, na realidade esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:.
Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa minha mãe passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade...
A turma estava em silencio atenta a tudo . O menino continuou: além de mim, haviam mais 3 irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida.
Silêncio total em sala.
-... Foi aí que não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira começou a pegar fogo, minha mãe correu até o quarto em que estávamos pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora, havia muita fumaça, as paredes que eram de madeiras pegavam fogo e estava muito quente...
... Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse-me para ficar com eles até ela voltar, pois minha mãe tinha que voltar para pegar minha irmãzinha que continuava lá dentro da casa em chama. Só que quando minha mãe tentou entrar na casa em chama as pessoas que estavam ali não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha, eu via minha mãe gritar: "minha filhinha estar lá dentro!" Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror e ela gritava, mas aquelas pessoas não deixaram minha mãe buscar minha irmãzinha...
...Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e coloquei ele no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí entre as pessoas e quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha. Eu sabia o quarto em que ela estava. Quando cheguei lá ela estava enrolada em um lençol e chorava muito...
...Neste momento vi caindo alguma coisa, então me joguei em cima dela para protegê-la, e aquela coisa quente encostou-se em meu rosto...
A turma estava quieta atenta ao menino e envergonhada, então o menino continuou:
...Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego em casa, ela, a minha irmãzinha beija porque sabe que é marca de AMOR.

sexta-feira, 5 de março de 2010

Bom dia!


Hoje eu vou fazer uma coisa muito importante para mim. Durante mais de um ano eu lutei para que isso acontecesse e ontem eu fiquei muito triste porque descobri um pequeno erro nesta escritura que vou assinar hoje e como acredito que Deus fala conosco pelos meios mais estranhos,vejam a metafora que recebi hoje.
Eu nao quero entrar neste circulo, eu quero ser feliz, eu nao quero razão, eu quero ser feliz, eu quero ter paz.
Eu pensei que ia ficar muito triste hoje mas nao, eu estou bem e vou continuar bem.
Para voces, um presente, a metafora do dia




Fuja do Círculo!

Mais valem 99 moedas na mão do que uma voando! Era uma vez um rei muito triste; que tinha um pajem que, como todo pajem de rei triste, era muito feliz. Todas as manhãs, o pajem chegava com o desjejum do seu amo, sempre rindo e cantarolando alegres canções.Um dia o rei mandou chamá-lo: Pajem, qual é o teu segredo? Que segredo, Alteza?O segredo da tua alegria. Não existe nenhum segredo, Majestade...Não minta, pajem... bem sabes que já mandei cortar muitas cabeças por ofensas menores do que a tua mentira!Mas não estou mentindo! E por que estás sempre alegre e feliz?Majestade, não tenho razões para estar triste: muito me honra servir à Vossa Alteza, tenho esposa e filhos, e vivemos na casa que a Corte nos concedeu; somos vestidos e alimentados, e sempre recebo algumas moedas de prata... Como não estar feliz?Ninguém pode ser feliz por essas razões! Vá embora antes que eu mande decapitá-lo. O pajem sorriu, fez a habitual reverência e deixou o rei com seus pensamentos.

O rei não entendia como o pajem podia ser feliz vivendo em uma casa que não lhe pertencia, usando roupas de terceira mão e se alimentando dos restos dos cortesãos. Mandou então chamar o mais sábio de seus conselheiros, e lhe contou a conversa que tivera com o pajem pela manhã. Sábio, por que ele é feliz? Ah, Majestade! O que acontece é que ele está fora do Círculo...Fora do Círculo? Sim. E é isso o que faz dele uma pessoa feliz? Não, Majestade. Isso é o que não o faz infeliz...Estar no Círculo então sempre nos faz infelizes? Exato. E como ele saiu desse tal Círculo?Ele nunca entrou. Nunca entrou? Mas que Círculo é esse? É o Círculo dos 99...

Realmente não entendo nada do que você me diz.A única maneira para que Vossa Alteza entenda é fazendo com que ele entre no Círculo. Isso! Então o obrigarei a entrar! Não, Alteza, ninguém pode ser obrigado a entrar... Então teremos que enganá-lo? Não será necessário... se lhe dermos a oportunidade, ele entrará por si mesmo. Por si mesmo? Mas ele não notará que isso acarretará sua infelicidade? Sim, mas mesmo assim entrará... O senhor está disposto a perder um excelente pajem para compreender a estrutura do Círculo? Sim.Então prepare uma bolsa de couro com 99 moedas de ouro. Mas devem ser exatas 99, nem uma a mais, nem uma a menos, e à noite faremos uma visita ao pajem...Nessa noite o sábio e o rei foram até os pátios do Palácio. Esconderam-se próximo à casa do pajem, e lá aguardaram.

Quando dentro da casa se acendeu a primeira vela, o sábio pegou a bolsa de couro e um papel que dizia: "Este tesouro é teu. É o premio por seres um bom homem. Aproveita e não conta a ninguém como ganhaste esta bolsa". Bateu na porta uma vez e correu para se esconder. O pajem abriu a porta, viu o embrulho, olhou para os lados, leu o papel, agitou a bolsa e, ao escutar o som metálico, estremeceu dos pés à cabeça, apertou a bolsa contra o peito e rapidamente entrou em casa. O rei e o sábio se aproximaram então da janela para presenciar a cena.

O pajem havia despejado todo o conteúdo da bolsa sobre a mesa, se sentara e seus olhos pareciam não crer no que viam. Tocava as moedas, acariciava-as, juntava e esparramava, fazia pilhas de 10 moedas. Uma, duas, três... e somava: 10, 20, 30... Até que formou a última pilha... 99 moedas? Seu olhar percorreu a mesa, buscando a moeda que ‘faltava', logo olhou para o chão e finalmente para a bolsa...Não pode ser, exclamou. Contou de novo e começou a gritar: Roubaram-me! Roubaram-me! Uma vez mais procurou por todos os cantos... E pensava: 99 moedas... é muito dinheiro... Mas falta uma... Falta uma!!

O rei e o sábio espiavam pela janela e viam que a cara do pajem já não era mais a mesma: ele estava com as sobrancelhas franzidas, a testa enrugada, os olhos pequenos e o olhar perdido... Ele guardou as moedas na bolsa, queimou o papel na vela e olhando para todos os lados escondeu a bolsa. Pegou papel e lápis, sentou-se e começou a calcular: Quanto tempo teria que economizar para poder obter a moeda de número 100? O tempo todo o pajem falava em voz alta, sozinho... Estava disposto a trabalhar duro até conseguir. Depois, quem sabe, não precisaria mais trabalhar... com 100 moedas de ouro ninguém precisa trabalhar.

Se trabalhasse e economizasse seu salário e mais algum extra que recebesse, em 11 ou 12 anos conseguiria o necessário para comprar a última moeda.Mas 12 anos é tempo demais... Se eu pedisse à minha esposa que procurasse um emprego no vilarejo, e se eu mesmo trabalhasse à noite, em 7 anos conseguiríamos, concluiu depois de refazer os cálculos. Mesmo sendo muito tempo, é isso o que ‘teremos' que fazer...O rei e o sábio voltaram ao Palácio.

Finalmente o pajem havia entrado para o Círculo dos 99!!!Durante os meses seguintes, o pajem seguiu seus planos conforme havia decidido naquela noite. Numa manhã, entrou nos aposentos reais com passos fortes, batendo as portas, rangendo os dentes e bufando com todo o mau humor dos últimos tempos...O que lhe acontece, pajem? perguntou o Rei, na gozação. Nada, não acontece nada... Antigamente, não faz muito, você ria e cantava o tempo todo...Faço ou não faço o meu trabalho? O que Vossa Alteza espera? Que, além de pajem, seja obrigado a estar sempre bem humorado?Não passou muito e o Rei despediu o seu pajem, afinal, não era nada agradável para um rei triste ter um pajem mal humorado o tempo todo...

Você, eu, todos nós fomos educados nessa psicologia (que é a base da publicidade e do marketing): sempre falta algo para estarmos completos, e somente completos podemos gozar do que temos... E a felicidade deve esperar até estar completa com aquilo que falta. E como sempre falta algo...Mas, o que aconteceria se nos déssemos conta, assim de repente, que nossas 99 moedas são os nossos 100%?Que nada nos faz falta? Que ninguém tomou aquilo que é nosso? Que não se é mais feliz por ter 100 e não 99 moedas?...


Leia sobre consumo consciente e tire suas próprias conclusões!!! E fuja do Círculo, se conseguir, porque os ‘homens' estão sempre aumentando e apertando o Círculo em torno de nós!!!

quinta-feira, 4 de março de 2010

colheres

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Colheres!
Conta uma lenda que Deus convidou um homem para conhecer o CÉU e INFERNO.
Foram primeiro ao inferno. Ao abrirem uma porta, o homem viu uma sala em cujo centro havia um caldeirão de substanciosa sopa e à sua volta estavam sentadas pessoas famintas e desesperadas. Cada uma delas segurava uma colher, porém de cabo muito comprido, que lhes possibilitava alcançar o caldeirão mas não permitia que colocassem a sopa na própria boca. O sofrimento era grande.
Em seguida, Deus levou o homem para conhecer o céu. Entraram em uma sala idêntica à primeira: havia o mesmo caldeirão, as pessoas em volta e as colheres de cabo comprido. A diferença é que todos estavam saciados. Não havia fome, nem sofrimento.
Eu não compreendo - disse o homem a Deus - por que aqui as pessoas estão felizes enquanto na outra sala morrem de aflição, se é tudo igual? Deus sorriu e respondeu:
Você não percebeu? É porque aqui eles aprenderam a dar comidas uns aos outros.
==MORAL==
Temos três situações que merecem profunda reflexão:
EGOÍSMO - As pessoas no "inferno" estavam altamente preocupadas com a sua própria fome, impedindo que se pensasse em alternativas para equacionar a situação.
CRIATIVIDADE - Como todos estavam querendo se safar da situação caótica que se encontravam, não tiveram a iniciativa de buscar alternativas que pudessem resolver o problema.
EQUIPE - Se tivesse havido o espírito solidário e ajuda mútua, a situação teria sido rapidamente resolvida.
CONCLUSÃO - Dificilmente o individualismo consegue transpor barreiras. O espírito de equipe é fator preponderante para o alcance do SUCESSO. Uma equipe participativa, homogênea, coesa, vale mais do que um BATALHÃO de pessoas com posicionamentos isolados.Isso vale para qualquer área de sua vida, especialmente a profissional

terça-feira, 2 de março de 2010

contador de estorias

Quero escrever logo para nao perder a emoção que senti ontem.
Recebi um presente de Deus .Sempre quiz fazer um curso de contador de estorias. Espero que voces nao façam aquela pergunta crucial que acaba com qualquer motivação - pra que?
Para nada e para tudo. Posso querer trabalhar com isso, posso contar estorias para as crianças da minha familia, posso contar estorias no voluntariado.Posso melhorar o meu jeito de expressar. Minha voz é baixa, sempre no mesmo tom, posso trabalhar isso.
Bem, recebi um convite para faze-lo,o curso ia ser dado no Hospital de Boi Mirim, que eu nao consigo ir por causa do horario mas foi transferido para o Hospital Albert Einstein, pertinho de casa.
Ontem la estava eu, ansiosa como uma criança no dia de Natal para saber como seria.
Cheguei cedo mas ja encontrei uma moça.
Perguntei se ela era a professora e ela me respondeu que não e que eu logo iria saber quem era a professora e de fato quando ela entrou a sala se iluminou, o sorriso dela era do rosto todo. Ela é pequena de estatura mas quando fala fica imensa.
Verdade mesmo.
Bem, como para algumas pessoas ja era a segunda aula , elas trouxeram estorias e contaram. Como em toda reunião tinhamos pessoas diferentes, uma senhora tinha estado num campo de refugiados e sua estoria tinha a ver com sua infancia la, um outro rapaz tinha sido drogado e sua estoria dizia de como tinha conseguido vencer o vicio.
As outras estorias eram estorias ja conhecidas da nossa cultura.
Pensei qual seria a estoria que eu gostaria de contar. Minha metafora preferida é a do pote rachado.É mais ou menos assim. Um monge sempre ia buscar agua num lago perto do monasterio, levava dois potes . Um deles tinha rachaduras e fica muito triste porque quando chegava tinha pouca agua e um dia disse da sua tristeza ao monge e ele respondeu. Olhe para trás, veja as flores, que voce veio molhando através das suas rachaduras . E ele viu, um caminho cheio de flores, porque quando saia água das suas rachaduras ele molhava as flores.
Somos assim, através das nossas imperfeições somos perfeitos.
Obrigada por compartilharem meu dia a dia.
Beijo

sábado, 27 de fevereiro de 2010

Da o mesmo trabalho ser infeliz e ser forte

Ser Feliz é Uma Decisão!
Uma senhora de 92 anos, delicada, bem vestida, com o cabelo bem penteado e um semblante calmo, precisou se mudar para uma casa de repouso.

Seu marido havia falecido recentemente e a mudança se fez necessária, pois ela era deficiente visual e não havia quem pudesse ampará-la em seu lar.

Uma neta dedicada a acompanhou.

Após algum tempo aguardando pacientemente na sala de espera, a enfermeira veio avisá-las que o quarto estava pronto.

Enquanto caminhavam, lentamente, até o elevador, a neta, que já havia vistoriado os aposentos, fez-lhe uma descrição visual de seu pequeno quarto, incluindo as flores na cortina da janela.

A senhora sorriu docemente e disse com entusiasmo: Eu adorei!

Mas a senhora nem viu o quarto... Observou a enfermeira.

Ela não a deixou continuar e acrescentou:

A felicidade é algo que você decide antes da hora. Se eu vou gostar do meu quarto ou não, não depende de como os móveis estão arranjados, e sim de como eu os arranjo em minha mente.

E eu já me decidi gostar dele...

E continuou: é uma decisão que tomo a cada manhã quando acordo. Eu tenho uma escolha, posso passar o dia na cama remoendo as dificuldades que tenho com as partes de meu corpo que não funcionam há muito tempo, ou posso sair da cama e ser grata por mais esse dia.

Cada dia é um presente, e meus olhos se abrem para o novo dia das memórias felizes que armazenei...

A velhice é como uma conta no banco, minha filha... De onde você só retira o que colocou antes.

Comece, sem demora, a depositar felicidade na conta do banco das suas lembranças, para poder resgatar sempre que desejar.

Autor desconhecido

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

o medo de mudar, de sair da zona de conforto

Chove torrencialmente, como diria uma pessoa amiga, é um lindo espetáculo da natureza.
Fico pensando no transito que isso causa, nas enchentes, nas pessoas que perdem suas casas mas por outro lado, está muito calor e a chuva é bonita , nao é?
Hoje acordei muito feliz e vou fazer de tudo para continuar.
É meu dia de voluntariado. Preciso falar sobre isso. O ano passado nao foi legal aonde eu estava, por vários motivos, que nao vale a pena lembrar, então decidi parar mas as pessoas envolvidas pediram para eu tentar trocar de lugar e eu fiz assim.
Adorei. Adorei minha coordenadora, é gente para caramba.
Por ai, uma reflexao, quantas vezes a gente tolera o que nao está bom, por medo, por estar na zona de conforto e quando consegue mudar, é uma coisa boa.Fica ai, a reflexão, tomara que seja um empurrão para alguem

Deixo aqui, a metafora do dia. Um beijo






Deusa do Sal
Conta uma lenda que em uma ilha longínqua vivia uma solitária deusa de sal. Ela era apaixonada pelo mar.
Passava dias, noites, horas na praia observando o balanço de suas ondas, sua Beleza, seu mistério, sua magnitude. Um desejo enorme começou a apossar-se do seu coração: experimentar toda Aquela beleza.
Esse desejo foi aumentando até que um dia a deusa resolveu entrar no mar. Logo que ela colocou os pés no mar, eles sumiram, derreteram-se. Encantada com ele, ela seguiu em frente e suas pernas e coxas desapareceram.
A deusa, entretanto, seguiu adiante, sentindo partes do seu corpo Derretendo-se, até ficar apenas com o rosto do lado de fora.
Uma estrela que observava tudo falou:
-- Linda deusa, você vai desaparecer por completo. Daqui a pouco você não mais Existirá.
A água do mar desfazia o rosto da deusa, mas ela respondeu fazendo um esforço:
-- Continuarei existindo, porque agora eu sou o mar também.
Para conhecer e experimentar é preciso permitir-se, ir em frente.
Quando isto acontece, a mudança se dá, mudamos.
A deusa mudou transformando-se em mar, fazendo parte dele, passou a ser o mar Que ela tanto admirava da praia.
O mar por sua vez, também se transformou, porque foi salgado pela deusa. Ambos experimentaram a mudança: a deusa e o mar.
desconheço a autoria

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Escrever

Escrever
Escrever é fácil: você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final. No meio você coloca idéias. (Pablo Neruda)
Escrever é, simplesmente, uma maneira de falar sem que nos interrompam. (Sofocleto)
É preciso escrever o mais possível como se fala e não falar demais como se escreve. (Sainte-Beuve)
O ato de escrever é a arte de sentar-se numa cadeira. (Sinclair Lewis)
Somos todos escritores. Só que uns escrevem, outros não. (José Saramago)
Escrever é ter coisas para dizer. (Darcy Ribeiro)
Perdoe-me, senhora, se escrevi carta tão comprida. Não tive tempo de fazê-la curta. (Voltaire)
Reescrevi 30 vezes o último parágrafo de 'Adeus às Armas' antes de me sentir satisfeito. (Ernest Hemingway)
Uma história se conta, não se explica. (Jorge Amado)
Escrevo para que meus amigos me amem ainda mais. (Gabriel García-Márquez)
Quem não lê não escreve. (Wander Soares)
Cada um escreve do jeito que respira. Cada um tem seu estilo. Devo minha literatura à asma. (Fabrício Carpinejar)
Escrever é um ato de liberdade. (Martin Amis)
Escrever é uma forma de a voz sobreviver à pessoa. (Margaret Atwood)
De escrever para marmanjos já me enjoei. Bichos sem graça. Mas para crianças um livro é todo um mundo. (Monteiro Lobato)
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer é porque um dos dois é burro. (Mário Quintana)
Existem três regras para escrever ficção. Infelizmente ninguém sabe quais são elas. (W. Somerset Maugham)
O autor escreve apenas metade de um livro. A outra metade fica por conta do leitor. (Joseph Conrad)
Corrigir uma página é fácil, mas escrevê-la, ah, amigo! Isso é difícil. (Jorge Luis Borges)
Escrever não é fácil ou difícil, mas possível ou impossível. (Camilo José Cela)
Escrever é deixar uma marca. É impor ao papel em branco um sinal permanente, é capturar um instante em forma de palavra. (Margaret Atwood)
Eu escrevo como se fosse salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida. (Clarice Lispector)
Para escrever bem é preciso uma facilidade natural e uma dificuldade adquirida. (Joseph Joubert)
Escrever não é nada mais senão ter o tempo de dizer: estou morrendo. (Gaëtan Picon)
Uns escrevem para salvar a humanidade ou incitar lutas de classes, outros para se perpetuar nos manuais de literatura ou conquistar posições e honrarias. Os melhores são os que escrevem pelo prazer de escrever. (Lêdo Ivo)
Escrever é sacudir o sentido do mundo. (Roland Barthes)

sábado, 13 de fevereiro de 2010

tratar como um irmão

OI
Bom carnaval para voces.
Hoje quando acordei recebi esse email e me tocou muito.
Espero que voces gostem.
Beijo
Luiza








Ela sempre estacionava o carro na mesma vaga.
O guardador, sorridente, educado, sempre a cumprimentava.
Por vezes falavam rapidamente, ela perguntava como estava a família, ele respondia. Contava um ou outro problema de saúde que enfrentava.
Por outras vezes comentavam sobre algumas amenidades, sobre o frio, o calor, sobre o perigo da cidade grande, etc.
Ele morava num bairro distante da região metropolitana. Certamente numa casa muito simples . quase uma favela.
Naquele dia ela estava preocupada com ele. Estava muito frio.
Ela lembrou que a vida dela não era fácil, que vinha de muitas dificuldades recentes, mas pensou na vida dele, e que ela deveria ser bem mais complicada.
Nem sempre podia lhe dar algum dinheiro. Dos 5 dias da semana, em média, uma ou duas vezes ela conseguia lhe dar algumas moedas - pensou.
Sabia que ele precisava. Que aquele era seu trabalho digno. Que dali vinha o alimento de seus filhos.
Ela queria poder dar mais. E ele merecia, pois sempre guardava uma vaga especial para ela, sem ela pedir, sem ela merecer . pensava.
Com o coração um pouco apertado, então, resolveu dizer naquele dia:
Olha... Sei que nem sempre lhe dou alguma coisa. Queria poder dar mais, dar sempre, mas, sabe... Não consigo mesmo.
Sei que você é um trabalhador, uma pessoa gentil e educada, e que mesmo eu dando tão pouco, sempre guarda a vaga para mim.
Já vi que existem pessoas que estacionam sempre aqui, que lhe dão sempre um ou até dois reais por vez, mas, eu realmente não consigo . disse ela um tanto embaraçada.
Ele então respondeu, com franqueza e simplicidade:
Dona, olha, eu não guardo sua vaga porque a senhora me dá algum dinheiro, não. Eu preciso de dinheiro, sim, mas não é por isso.
É que a senhora é a única pessoa que fala comigo, que me dá atenção, que me trata como irmão.
Ela calou ao ouvir estas palavras. Sorriu para ele, timidamente, e disse, se despedindo: Então, tá bom.
Foi para o trabalho pensando no que ouvira. Ela nunca havia pensado nisso.
Mas será que ninguém mais fala com ele? Falo tão rapidamente, sobre coisas corriqueiras, nada de mais importante...
Nossa... Será que as pessoas o ignoram? Mesmo o encontrando todos os dias como eu?
Aqueles pensamentos ficaram em sua mente, flutuando o dia todo.
Percebeu que poderia dar algo muito mais importante que as moedas, que o "trocado" de sempre.
Caridade não significa apenas doação material.
Em verdade, a filantropia é apenas uma pequena porção do mundo da caridade verdadeira.
Vivemos num Mundo, num país, onde ainda há necessidade da ajuda material urgente, sim, mas precisamos entender que não é apenas isso.
As pessoas precisam de auxílio em outras áreas. As pessoas precisam de atenção, de amizade, de alguém que lhes dê carinho.
O alimento da alma fortalece o ser, e assim ele se torna mais apto e preparado para buscar a subsistência material.
Pense nisso.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Faxina geral

Dia de Faxina
Estava precisando fazer uma faxina em mim... Jogar alguns pensamentos indesejados para fora, lavar alguns tesouros que andavam meio enferrujados...
Tirei do fundo das gavetas lembranças que não uso e não quero mais.
Joguei fora alguns sonhos, algumas ilusões... Papéis de presente que nunca usei, sorrisos que nunca darei; Joguei fora a raiva e o rancor das flores murchas que estavam dentro de um livro que não li. Olhei para meus sorrisos futuros e minhas alegrias pretendidas... E as coloquei num cantinho, bem arrumadas.
Fiquei sem paciência!... Tirei tudo de dentro do armário e fui jogando no chão: Paixões escondidas, desejos reprimidos, palavras horríveis que nunca queria ter dito, mágoas de um amigo, lembranças de um dia triste... Mas lá também havia outras coisas... e belas!
Um passarinho cantando na minha janela... aquela lua cor-de-prata, o pôr do sol!... Fui me encantando e me distraindo, olhando para cada uma daquelas lembranças. Sentei no chão, para poder fazer minhas escolhas.
Joguei direto no saco de lixo os restos de um amor que me magoou. Peguei aspalavras de raiva e de dor que estavam na prateleira de cima, pois quase não as uso, e também joguei fora no mesmo instante!
Outras coisas que ainda me magoam, coloquei num canto para depois ver o que farei com elas, se as esqueço lá mesmo ou se mando para o lixão.
Aí, fui naquele cantinho, naquela gaveta que a gente guarda tudo o que é mais importante: o amor, a alegria, os sorrisos, um dedinho de fé para os momentos que mais precisamos... como foi bom relembrar tudo aquilo!
Recolhi com carinho o amor encontrado, dobrei direitinho os desejos, coloquei perfume na esperança, passei um paninho na prateleira das minhas metas, deixei-as à mostra, para não perdê-las de vista.
Coloquei nas prateleiras de baixo algumas lembranças da infância, na gaveta de cima as da minha juventude e, pendurada bem à minha frente, coloquei a minha capacidade de amar... e de recomeçar...

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

a dor é inevitável, o sofrimento é opcional

DEFINITIVO!


Quanto tempo, eu nao venho aqui. Passou meu aniversário,hoje alguém me lembrou deste texto tao verdadeiro e eu quiz dividir com voces.
Beijo

Definitivo, como tudo o que é simples.

Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos,por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados, pela eternidade
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco,
mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema,
para conversar com um amigo, para nadar, para namorar
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco,
mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando
a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam,
todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar.
Por que sofremos tanto por amor?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável,um tempo feliz.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso:


Se iludindo menos e vivendo mais!!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento,perdemos também a felicidade.


A dor é inevitável.
O sofrimento é opcional....



Carlos Drummond Andrade

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

voce está no lugar certo?

A filosofia do camelo
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Uma mãe e um bebê camelo, estavam por ali, à toa, quando de repente o
bebê camelo perguntou: - Por que os camelos têm corcovas?

- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das
corcovas para reservar água e por isso mesmo somos conhecidos por
sobreviver sem água.

- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?

- Filho, certamente elas são assim para permitir caminhar no deserto.
Sabe, com essas pernas longas eu mantenho meu corpo mais longe do chão
do deserto que é mais quente que a temperatura do ar e assim fico mais
longe do calor. Quanto às patas arredondadas eu posso me movimentar
melhor devido à consistência da areia! - disse a mãe.

- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando
eles atrapalham minha visão.

- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora
para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos
pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.

- Tá. Então a corcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto,
as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger
meus olhos do deserto. Então o que é que estamos fazendo aqui no
Zoológico???

Moral da história:

"Habilidade, conhecimento, capacidade e experiências, só são úteis se
você estiver no lugar certo!"